"afirma elas são guiadas pela emoção e são extremamente ansiosas: “São pessoas imaturas emocionalmente, que agem sem pensar nas consequências e não sabem ouvir, só querem falar.”
Todo mundo acaba, uma hora, falando algo que não deve. Mas alguns fazem isso com muita frequência. Sem querer, soltam segredos confidenciados por amigos ou parentes, informações secretas do trabalho ou qualquer outro assunto indesejável.
Por que algumas pessoas agem dessa forma? Clarice Barbosa, psicóloga e psicoterapeuta, afirma elas são guiadas pela emoção e são extremamente ansiosas: “São pessoas imaturas emocionalmente, que agem sem pensar nas consequências e não sabem ouvir, só querem falar.”
Muito disso pode vir da criação, na educação que receberam na infância. Segundo Clarice, “é provável que essa era a forma que a pessoa tinha de responder ao conflito, e quem a educou não mostrou as consequências do comportamento. Ela acabou aprendendo que essa era a forma de se expressar”.
Falar o que não deve prejudica muito as relações sociais, como os relacionamentos pessoais e o trabalho. Neste último, as consequências podem ser sérias, pois a pessoa pode ser vista como um “funcionário problema”, marcado entre colegas e chefes, gerando atritos na equipe. A psicoterapeuta alerta para o caso de não somente as pessoas falarem por impulso em situações de conflito, mas também aquelas que não são capazes de guardar informações confidenciais. Reconhecer o problema é um ótimo primeiro passo, segundo a especialista: “Se a pessoa percebe que tem esse comportamento, isso já é importante, porque, assumindo a responsabilidade, ela não vai colocar a culpa na empresa ou em outra pessoa da equipe, o que normalmente é feito por esses profissionais”. Ela também alerta para que a pessoa analise em que situações e com que interlocutores geralmente acontece a fala por impulso.
O autoconhecimento permite controlar mais as emoções. Mas a psicóloga avisa: “Controlar não é reprimir a emoção. Tem que sair da situação. Se está com raiva ou ansioso, tem de respirar, ir tomar um café, parar, pensar e ouvir para ver qual a colocação mais adequada a se fazer, porque quem fala por impulso não pensa antes.” Clarice afirma que isso é um treinamento, e deve ser ativado toda vez que a pessoa detectar a situação que desencadeia o comportamento impulsivo. Segundo ela, se a pessoa não conseguir mudar sozinha, mesmo tendo tentado, é hora de procurar ajuda profissional.
Fonte: Redação - arcauniversal.com.br